Você ainda não conhece o HIIT?
Quando o assunto é gasto calórico, logo imaginamos horas
sobre uma esteira ou bicicleta, com a ideia de que quanto maior o tempo do
exercício, maior será o gasto calórico. Porém, contudo, todavia e, entretanto,
a ciência hoje no mostra que não é bem assim, nas últimas décadas os estímulos
intervalados estão ganhando espaço com uma duração bem menor, porém com
melhores resultados. Se você ainda acredita que passar horas sobre uma esteira
é a melhor estratégia para emagrecer, acho que você ainda não ouviu falar do
HIIT.
O treinamento intervalado de alta intensidade,
ou HIIT na sigla em inglês para “High-Intensity Interval
Training”, consiste de Sprints (tiros) vigorosos,
intercalado por curtos períodos de descanso sendo passivo ou ativo (Gibala et
al.,2013). No HIIT o importante
é não aumentar o tempo da atividade. O ideal é manter o tempo curto e realizar
o exercício da forma mais intensa e explosiva possível. Este tipo de estímulo causa um déficit na demanda de oxigênio para o nosso
sistema aeróbio. Esse déficit de oxigênio durante o HIIT resulta
em um metabolismo acelerado que perdura por horas mesmo após o término da
atividade, gastando assim, inúmeras calorias durante todo o dia. O HIIT além de ter um volume menor bem que o treinamento
de endurance tradicional, ele é considerado um ótimo estímulo para induzir o
emagrecimento.
Achados de Perry et al., (2008), concluíram que seis
sessões de HIIT por 14 dias (15 minutos) foi suficiente para aumentar a
capacidade dos músculos esqueléticos oxidar gordura e carboidratos. Talanian et
al., (2007), concluíram que sete sessões de HIIT por 15 dias aumentou
significativamente a capacidade dos músculos, bem como, de todo o corpo em
oxidar gordura (36%) em mulheres moderadamente treinadas.
Uma pesquisa da Universidade de New South Wales, em Sidnei na
Austrália, de 2012, em um periódico voltado para Obesidade (Journal of Obesity)
demonstrou em jovens sedentários com sobrepeso que um treinamento de 20 minutos
de HIIT, três vezes na semana durante três meses foi capaz de diminuir o
percentual de gordura, principalmente a gordura visceral, grande vilã do nosso
sistema cardiovascular, mesmo sem nenhuma alteração na rotina alimentar dos
testados.
Entenda, o processo de emagrecimento possui inúmeras
variáveis, não podendo então, ficar preso dentro de uma confortável “zona de
queima de gordura”. Já está mais do que provável que o treinamento de baixa
intensidade e longa duração não é a melhor estratégia para induzir o
emagrecimento. As calorias gastas durante o treino pouco importa, muito menos o
substrato energético utilizado durante tal (inúmeras pessoas têm fixação em
treinar na zona de queima de gordura), o que importa é o quanto este
exercício/treino é capaz de produzir alterações metabólicas que faça você
gastar mais calorias e oxidar gordura durante todo o dia, e se o assunto for
gasto calórico pós-treino, o HIIT é um dos melhores, quiçá, o melhor estímulo.
Você não acha que já está na hora de ganhar tempo e perder
gordura, não?
Saulo Tavares
Personal trainer
Pós-graduando em Obesidade e emagrecimento
Consultoria online: saulotavares7@hotmail.com
Siga no instagram: @SauloTavaresPersonal